Lápis na mão como flauta
Folha vazia sem pauta
Claves de letras
Verbalizar
(Sentia o brilho do inverno
Gato preto a olhar de terno)
Era um jeito só seu de cantarolar.
E escrevia pelos muros como quem canta,
Subia pelas paredes
O teto cheio de construções
De palavras aos montes
Que afoitas subiam as pontes
E faziam os seus sermões.
Mas a menina não tocava música
E a flauta dormia acordada
A espreitar a menina deitada
Escrevendo debaixo do cobertor...
Queria saber fazer algo de certo
Como quem beira o verdadeiro.
Queria, mas só chegava perto
Quando palavra e silêncio, a sós,
No branco papel, livre canteiro
Deixavam-na quieta a plantar sua voz.
Oi caroline obrigado por seguir o meu blog de design e meio ambiente, sugiro que você também conheça o blog http://sindromemm.blogspot.com
ResponderExcluirUm abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPautas atrapalham na hora de escrever nas folhas além das bordas
ResponderExcluirlápis na mão de quem tem imaginação traz beleza ao mundo
que parece parar para admirar, em profunda comoção
Não deixe de desenhar, mas nunca se esqueça
que há muitas cores a mais no mundo
do que podemos pegar
há muito mais traços
do que podemos riscar
e há muito mais detalhe
do que podemos nos atentar
Que saia debaixo do cobertor
quando achar que está pronta para enfrentar o mundo
Lagar o lápis e pegar a caneta
que é a ferramenta feita
pra deixar a marca no mundo
sem medo de errar