segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Voa!

A estrada está livre. Ouço a gaita ao fundo anunciando dias melhores. Voa, que a alma não é coisa que se segure. Estar disponível para a vida, como o velhinho que espera uma carona na bifurcação da estrada. E as bagagens que trago?

Estão comigo o tempo todo, mas por hora deixei-as em casa, e a leveza do agora é feita disso também.

Os dias acenam felizes, porque descobriram que a liberdade não se faz de fugas por cima das pernas e dos sapatos gastos – certo, disso também partilha a liberdade. Mas há quem corra a vida toda sem saber que é pra dentro, e não pra fora que se encontra liberdade.

Meu gato dorme ao pé da porta. Sua tranquilidade é a minha. Os políticos vociferam na sala, a máquina de fazer imagens turva o silêncio, mas no fundo, tudo ficará bem.

Há de ficar, porque essa é a ordem natural das coisas. Há de se ajudar todos aqueles que trabalham para o bem, e a felicidade corre ao encalço.