A estrada está livre. Ouço a gaita ao fundo anunciando dias melhores. Voa, que a alma não é coisa que se segure. Estar disponível para a vida, como o velhinho que espera uma carona na bifurcação da estrada. E as bagagens que trago?
Estão comigo o tempo todo, mas por hora deixei-as em casa, e a leveza do agora é feita disso também.
Os dias acenam felizes, porque descobriram que a liberdade não se faz de fugas por cima das pernas e dos sapatos gastos – certo, disso também partilha a liberdade. Mas há quem corra a vida toda sem saber que é pra dentro, e não pra fora que se encontra liberdade.
Meu gato dorme ao pé da porta. Sua tranquilidade é a minha. Os políticos vociferam na sala, a máquina de fazer imagens turva o silêncio, mas no fundo, tudo ficará bem.
Há de ficar, porque essa é a ordem natural das coisas. Há de se ajudar todos aqueles que trabalham para o bem, e a felicidade corre ao encalço.
"Voa, que a alma não é coisa que se segure." De repente me vi levando essas palavras durante o dia, bebendo aos golinhos quando a sede batia durante a caminhada sob o sol abrasador. Palavras singelas, talvez no estilo "viver não é preciso, navegar é preciso". Me faz lembrar-me das minhas malas, do que optei carregar e que me mantém no chão, talvez por tempo demais (pelo menos o suficiente pra te fazer esquecer o motivo de carregá-las).
ResponderExcluirObrigado por abastecer o meu cantil.
Bjus e boa viagem.
Que lindo Carol.Só não chorei porque as vezes sinto que tenho poucas lágrimas e preciso economiza-las...rsrsrsr...Mas vieram tantos quadros!!!Como vivo intensamente as coisas tem outro peso e outra medida para mim.Isso é bom pq significa que posso andar mais rápido e as vezes ir parando para colher flores sem me atrasar pelo caminho!!!Obrigada!
ResponderExcluirO melhor texto deste blog. Parabéns.
ResponderExcluirNos caminhos da vida, deixar a bagagem em casa e utilizá-la quando nos apraz, eis um conceito deveras significativo. :)
ResponderExcluirBeijo :)